segunda-feira, 31 de maio de 2010
CONSTANTINO CASTELANI
Os empregados da Ipiranguinha revoltados com a situação aliam-se ao movimento da União Operária e declaram greve deflagrada no dia primeiro de maio.
Com o prosseguimento da greve dos trabalhadores do Ipiranguinha, os lideres da União resolveram dar apoio ao movimento, contra as torturas que os operários vinham sendo submetidos. A União aprovou-se uma passeata que deveria sair do Largo do Ipiranguinha, cuja sede se localizava num velho barracão á Rua Gertrudes de Lima e deveria percorrer a Rua Coronel Oliveira Lima, com faixas e cartazes, com objetivo de colher auxilio para os trabalhadores em greve.
A passeata desenvolvia com calma, com viva gritada pela massa operária, que tomava conta das ruas. Era aproximadamente 10hrs da manhã do dia 05 de maio.
A passeata atingia o largo hoje é conhecido por Quitandinha. Neste momento os operários pararam e levantaram suas faixas e cartazes, enquanto as mulheres interpelavam as pessoas nas calçadas pedindo auxilio para os grevistas da Fábrica Ipiranguinha. Nesse momento surgem policiais, fortemente armados, tentando dispersar a passeata.
O operário CONSTANTINO CASTELANI, liderando o movimento dos tecelões e membro da União, tomando a palavra faz um discurso improvisado, mostrando aos presentes que o movimento grevista lutava por melhores condições de trabalho. Os trabalhadores ouviam silenciosos e a seguir, delirantes com as palavras do líder operário, protestavam à presença dos policiais, batiam palmas aclamavam CASTELANI e dando vivas aos operários da Ipiranguinha.
A polícia imediatamente inicia sua investida e instantes após disparos de fuzis se faz ouvir, entre vários feridos, estava no chão CONSTANTINO CASTELANI, o líder havia sido assassinado.
Depois da tragédia, os trabalhadores arrancaram das mãos da polícia o corpo do operário assassinado e levaram para a sede da União aonde milhares de pessoas vieram prestar-lhe homenagens... Protestando contra os atos criminosos da polícia. No dia 06 de maio, CONSTANTINO é levado á sepultura, sendo cortejado por milhares de operários que levaram o corpo pelas principais ruas da cidade e, ao entardecer, foi sepultado no Cemitério de Vila Assunção, Santo André.
Com o assassinato de CONSTANTINO CASTELANI e a prisão de vários dirigentes da União, que se seguiu dia após sua morte, provocou o fechamento da União, que fora invadida e vasculhada. Mesmo assim, com repressões não fez parar as reivindicação dos trabalhadores...
sexta-feira, 28 de maio de 2010
quarta-feira, 26 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
Inauguração da Linha de Trem-Santo André
Criação e Desmembramento do ABC Paulista
CRIAÇÃO E DESMEMBRAMENTO DO ABC PAULISTA
1812: Criações da freguesia de São Bernardo (não equivale ao território atual)
1890: Instalado o município de São Bernardo (abrangendo toda a área atual, com sede em São Bernardo).
1896: Criação do distrito de paz de Ribeirão Pires (incluindo os atuais municípios: RP, RGS, parte de M. e o Distrito de Paranapiacaba).
1907: Criado o Distrito de Paranapiacaba.
1916: Criado o Distrito de São Caetano
1931: Criado o Distrito de Mauá.
1938: O município de São Bernardo passou a denominar-se Santo André. (O Distrito sede do município passa a ser o Distrito de Santo André ).
1944: O Distrito de São Bernardo, com a denominação de São Bernardo do Campo, ocorreu em primeiro de jan. de 1945.
1948: São Caetano é elevado a condição de município com a denominação de São Caetano do Sul
1954: O Distrito de Mauá e Ribeirão Pires, incluindo Rio Grande da Serra, são elevados a condição de município.
1958: É criado o município de Diadema.
1963: É criado o município de Rio Grande da Serra...
domingo, 23 de maio de 2010
Luta pela legalização do Sindicato dos Metaúrgicos de Santo André
Em Santo André, nós ainda éramos a União Operaria recomposta de diversas categorias profissionais, achamos que deveríamos organizar um sindicato, pedimos o reconhecimento da entidade sindical. Depois de dois anos recebemos uma resposta negativa do ministro do trabalho Lindolpho Collor, que justificou sua decisão alegando que não poderia legalizar sindicatos que aglutinassem mais de uma categoria. Como naquela época os metalúrgicos eram em maior numero, fizemos um novo requerimento que fosse reconhecido então o Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André, sem a extensão que existe hoje de mecânicos e materiais elétricos. Mediante a formação de uma comissão para dar andamento à legalização do sindicato, por fim, conseguimos legalizar o Sindicato, em 23 de setembro de 1933.
Um Lutador Chamado "Marcos Andreotti"
O primeiro emprego de Marcos Andreotti, foi na Indústria Ipiranguinha, Têxtil, onde o menino fazia a distribuição de trama para os tecelões.
Contam Marcos: "Minha atividade sindical começou no Ipiranguinha conversando com elementos do movimento operário da época, onde eu vim, a saber, que existiu a União Operária, cujo presidente era José Righetti e tinha como secretário Constanti Castellani. Naquela época não havia sindicato, havia algumas organizações de socorro mútuo. Comecei a trabalhar no sentido de reorganizar a União Operária. Isso foi em 1928 e a união eu não cheguei a conhecer, porque com a morte de Castellani ela desapareceu e o Righetti foi deportado para Ilha das Cobras.
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Compravamos máquina de escrever, banco para dentro da sede, escrivaninha, pagavamos a sede. Tudo isso a partir da coleta . Fazia Pic-nic. O pessoal dava pedaço de bolo vinho... eles mesmo fazia e doavam. Faziamos finanças e pagávamos a sede. De Vez em quando passavam um chapeu fazendo coleta (Armando Mazzo)
Estou só...
Todos se foram
A seção está vazia
De pessoas
Todos se foram
E as máquinas permanecem
Imóveis e sem vida
No silêncio.
É tarde
Da minha mesa vago
A vista nas perspectivas
Das bancadas alinhadas
Dos ferros cortados
Dos tornos e máquinas
Tudo Parado
Estou só...
No entanto a marca fica
Do eco que repita
Das batidas no bigorna
Da saudade do que não retorna.
Ribeirão Pires/78
Lea Aparecida de Oliveira
Metalúrgica
Poema do seu livro
O Sol & Eles